terça-feira, 22 de maio de 2012

De químico e louco, todos nós temos um pouco?

       Quem me conhece pessoalmente ou já viu as minhas fotos, sabe que o meu cabelo é crespo: ondinha pra todo lado! E ter cabelo enroladinho na minha infância e adolescência, era o mesmo que pedir a morte! Ah, vocês estão espantados, rindo ou coisa assim? É porque não viveram naquela época! Ou, se viveram, tinham os cabelos lisinhos e esvoaçantes! Para começar, o sonho de toda menina de cabelo enroladinho era, e é, ter uma franja! Uma bela e farta franja que caia em seus olhos para que ela possa, cheia de charme, balançar a cabecinha e retirar os cabelos de lá (dos olhos), só com o mexer compassado! Além de ser despenteada pelo vento, melhor, pela brisa amena! E como fazer isto com cabelos que se enroscam?
       Como se não bastasse a força da natureza, a minha mãe, que Deus a tenha e que ela tenha se esquecido desse desejo que vou lhes contar, era louca para que nossos cabelos ficassem lisos assim, de uma hora para outra, só porque ela queria muito! Digo nossos porque éramos três mocinhas, agora coroas enxutérrimas. A primeira deu-se um pouquinho melhor nessa história: seu cabelo é cacheado e os fios são finos e suaves. Agora, eu e a caçula, gente, o que foi aquilo que foi feito na hora da concepção? Complô, só pode! Na verdade, não foi um complô, foi a mais pura demonstração genética: influência bárbara do DNA! Minha mãe era branquinha como a neve e tinha os cabelos de um ondulado leve caindo-lhe formosamente sobre os ombros. Meu pai, bem, meu pai era um moreno claro, corado, com os cabelos... ah, eram rebeldes que só! Aquele cabelo que não respeita a lei da gravidade (como o meu): cresce para cima, não cai, não pendura, não balança! Em tamanho bem curtinho, rente à cabeça, disfarça que é uma beleza, mas, se crescer um pouquinho, vai enxendo, vai enxendo, vai enxendo e criando a forma de um toucão (lembram daquele jogador, o Jr, do Flamengo, também conhecido na época de Jr. Capacete? Aquele modelo!).
       Bom, meu pai era barbeiro na minha primeira infância, depois parou de trabalhar como tal e só gerenciava o grupo de barbeiros que agregou. Com meus dez, onze anos  (talvez doze), papai, além da barbearia (que andava mal das pernas devido a era hippie: ninguém cortava cabelo entre os mais jovens), resolveu ter um cabelereiro (local exclusivo das mulheres naquele tempo). O henê, poderoso alisante das mulheres de cabelo chamado de "duro" ou "carapinha",  estava atingindo o mercado de forma bem espalhada, para dominar (hoje são as progressivas)! As mulheres, em sua maioria, iam aos salões de cabelereiro para aplicar o produto com as profissionais da área. É que ele era vendido em pó e era levado ao fogo num recipiente próprio e aplicado quentinho para fazer efeito. Portanto, poucas se aventuravam a aplicá-lo sozinhas, em casa.
       Então, o meu pai conseguiu, não sei como nem com quem, uma "fórmula secreta" para confeccionar o pó do henê (seria ótimo ter um henê de fabricação própria no salão feminino!). Comprou os ingredientes (não é esse o nome, eu sei que não é receita de bolo, é fórmula química! rssss) e, num domingo pela manhã, preparou o dito cujo. Resolveu, após fazer o preparo seguindo a tal fórmula, testar a eficácia do produto. Minha mãe, ai querida mãe, ofereceu-me em holocausto (vai que o cabelo alisava e ela realizava o sonho?): fui a cobaia da tal fórmula! Como meu pai preparou a tal formulação, nem desconfio! Não tinha sequer uma balança que pesasse os gramas disso ou daquilo, então, foi milagre! Bem, o caso é que fiquei quase que um dia inteiro com aquele mingau negro na cabeça, que envolveram com jornal e plástico (para abafar e surtir efeito mais rápido). Tirar o tal mingau que, mesmo envolto em jornal e plástico ressecara em vários pontos do crânio, foi um chororô: mamãe raspava (claro que não violentamente) suas unhas crescidas no meu couro cabeludo para assegurar-se de que tuuuudo havia saído.
       Lava que lava, lava que lava, lava que lava, e deveríamos ter desconfiado de que algo não estava em sua devida proporção quando sequei os cabelos na toalha clara: várias manchas azuis espalharam-se pelo tecido felpudo.
       - Ah, quando secar fica bom, a tinta já saiu aqui! -ouvi um deles afirmar, já não lembro quem.
       O cabelo foi esticado e enrodilhado na cabeça no que chamávamos na época de touca : era para que o cabelo crespo se esticasse. Amarraram um lenço em minha cabeça e dormi assim: empacotada em grampos e lenço! Ao acordar retiraram "as bandagens da múmia" e fui para a escola. Lá passei toda a manhã.
       Ao chegar em casa, na hora do almoço, a merda foi constatada! Em toda a gola, e mais um pouco abaixo, da minha camisa branquinha, exibia-se um azul inimaginável! Vocês já ouviram falar que tem preto azulado? Era o preto do henê (tinha azul de metileno na fórmula)! Era o preto do meu novo cabelo! Era o azul da minha camisa! Era o azul do pente que usara antes de ir para a escola! Tornei a lavar a cabeça, mas parecia que mais azul brotava! Não podia encostar a cabeça em nada que não fosse azul, ou uma cor bem escura, que deixava a minha marca. Eu parecia um papel carbono ou um carimbo de PAGO numa nota fiscal!
       Se bem me lembro, levei uns quinze dias para deixar de desprender azul por onde passava. Ainda bem que era uma cor que eu gostava. Meu pai concluiu que errara na dosagem do corante azul do henê (nem precisava concluir nada, era óbvio, né não? rssssssssss) e que faria uns ajustes e testaria de novo. Claro que rezei ardorosamente para que ele abortasse a missão! Parece que as rezas foram ouvidas: não sei porquê, mas ele desistiu de ser cosmetólogo! Foi uma benção!
    
       Cléa Siqueira

P.S.: Adoro meus cabelos crespinhos, embora eles tenham me feito sofrer pra caramba nessa época descrita acima. Depois que me libertei do jugo dos lisinhos, ninguém mais me segurou!! Penso que combinam comigo, ah, os crespinhos têm a minha cara! Agora que estão grisalhos, então, sou a própria ovelhinha... véia! rssssssssss  E, perdoem-me, mas estou achando muito monótono andar nas ruas e ver a maioria das mulheres cheias de progressiva nas mechas!
       

32 comentários:

  1. Cléa minha querida me acabei de rir com seu texto, o próprio carimbo Pago da nota fiscal me fez quase correr pra o banheiro fazer xixi. Só vc pra me divertir desse jeito minha amiga, e olha sei bem o que é isso, eu até hoje não aceito os meus cabelos crespos, e não pense que são aqueles cabelos crespos lindos que são lisos na raíz (essa é feliz quem tem) e crespos no comprimento.Não, não, os meus são crespos, mas crespissímos de dentro do cerebro até as pontas. Pior, sou branca como a neve. E desde pequena a minha vida foi alisar, alisar e alisar, por que não aceito, não aceito e não aceito. Odeio meus cabelos. Agora estou com progressiva e curtos, por que se deixo curtos ao natural, eles vão subindo, subindo, subindo, para os lados e pra cima, sempre pra cima kkkkkkkkkkkk Amei. Feliz de vc que se ama do jeito que é, por que se vc parece uma ovelhinha ao natural, eu pareço um ouriço desbotado de deixar... Bjocas

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    1. Querida,
      Eu juro: não quero levar ninguém a fazer xixi sem vontade! rssssss
      Menina, naquela época, como agora por sinal, a moda era o raio do cabelo liso! E não havia mecanismos suficientes para resolver ou, pelo menos, aliviar o problema! Era o Ó!!!
      Até lhe vi batendo os pezinhos: "não aceito, não aceito, não aceito"! rsssssssssssssssssssss Ah, jura que vc é a rainha da progressiva? Num creio, méo Déos!
      Bjssssssssssssssssssss, quérida!

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  2. Menina, que perigo de eu perder o emprego( toca de explicar para minha chefe que estou gargalhando ao invés de trabalhar)pimenta nos olhos dos outros é colírio mas que foi engraçado isso foi.
    Que loucura o que faziam antigamente, meu sonho era ter cachos para balançar até que meu irmão me usou de cobaia com liquido de permanente( fede tanto que arde os olhos)pronto fiquei igual Zélia Cardoso( quando apareceu como ministra)queimou da raiz até a ponta e depois fiquei igual ao Bozo,aprendi a lição: Aceite seu cabelo como ele é.
    Cut beijos e tem sorteio de boneca( cabelo liso) lá em casa, te inscreve

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    1. Oi, Martita!
      Mas, me diga aqui, não foi bom dar umas risadinhas no meio do expediente? rssssssssssssss
      Preto azulão, ovelha véia e Zélia Cardoso? rssssssssssssssss Conheço tb esse líquido de permanente, acredite ou não, um tempo depois inventaram de passar o líquido e, em vez do bigudilho (aquele bobinho magrelo), colocava-se um bob (como é que escreve essa bosta, gente?) dos gordões: era para ficar com cachos bem largos para esticar mais fácil na touca (a rodilha com grampos e lenço da múmia)!
      Ai, como mulher inventa, né não? Ou inventam e ela topa? Acho que é isso!
      Bjsssssssssssssss, quérida!

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  3. Oi Cléa!
    Pôxa,que história hilária.
    Tadinha de vc....te pegaram como cobaia.
    Eu não sabia que esse tal henê era aplicado quentinho no cabelo.
    Mas o que importa é que vc hoje gosta dos seus cabelos e é enxutérrima (adorei isso!!).
    Bjs!

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    1. Bem, querida Clau,
      Gostar dos meus cabelos foi um processo, porque tudo o que sempre ouvi a respeito deles é que eram indomesticáveis! E era dito como se fosse um pecado, daqueles mortais! Daí que primeiro não gostava porque rejeitavam o pobre e, claro, criança, né, pensava que era pq não era boa coisa. Além disso era um sofrimento encarar a minha mãe fazendo trancinhas, coques e rabos de cavalo (que depois tb trançava): dóia, ela esticava tanto para pentear que doía!
      Então imagina a minha felicidade quando me libertei de toda esta agonia! Levez, alívio, tudo de bom, sem falar que, se é o meu cabelo, tenho mais é que cuidar com muito carinho e respeitar sua índole indomável! rssssssssssssssssss
      Bjsssssssssssss, quérida!
      Ah, os henês posteriores passaram a ser aplicados frios e, agora, eles até já vem prontos em bisnagas!

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  4. Oi Cléa.
    Minha tia usava muito esse henê, era um saquinho e depois virou uma bisnaga.
    Lembro que minha mãe usou uma época e seu cabelo ficou liiiiso e ... azulado.
    Parou de usar pq a cor era muito feia.
    E eu mesma cheguei usar umas vezes pq meu cabelo era bem cheio e armava, rsrs. A cor nem era o problema... mas o cheiro, minha nega... não dava.
    Que fedor que tem aquilo. E quando lavava? Misericórdia!
    Uma vez, lembro que deitei no ombro do marido e ele disse assim: fia, tá podre! Depois disso, nunca mais. Não havia shampoo nem creme que tirasse aquele futum!

    Hoje meus cabelos são bem menos cheios que outrora... e como já fiz umas "agressivas" neles, são bem lisinhos.
    Tem dias que acordam revoltados, mas nada que um bom rabo de cavalo não dê jeito, não é mesmo??
    Me diverti com o post e me fez lembrar com saudades da minha mãe...
    Beijos.

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    1. Oi, querida Andrea,
      Se a postagem a fez sentir saudades de sua mãe, já valeu! Que bom!
      É, o cheiro era esquisito mesmo, uma coisa que lembrava ervas com não sei mais o quê, um desastre! Meu cabelo nunca chegou a ficar lisinho, graças a Deus, pq meu anjo de guarda vivia e vive de prontidão! rsssssssssssssss
      Usei esse tal de henê apenas mais umas três vezes (idéia e insistência, claro, da mamãe! rsssssssss) no decorrer da minha adolescência. Não deu para fazer efeito nenhum!
      Como uso meus cabelinhos curtos (não rentes à cabeça), a rebeldia com que acordam é bem menor! rsssssssssssssssss
      Bjssssssssssssssss, quérida!

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  5. kkkk!!!!

    Um cabelinho lisinho e azul até que deve ter ficado bem bonitinho...pra mim era o contrário, um cabelinho liso que era uma praga, pra conseguir encaracolar aquilo era um sofrimento só...cada um com a sua cruz né não?

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    1. Aí é que está, Renata querida, não ficou lisinho, só azul! rsssssss
      O efeito lisinho dado pelo henê, só era atingido depois de um tempo de uso. Ele não funciona como as progressivas que a mulher já sai do salão esvoaçante! Que nada! É uma etapa de meses, uma espécie de tratamento! rsssssssssssss
      Toda moeda tem sua outra face: de fato, já ouvi de algumas mulheres, que têm os cabelos lisinhos, que adorariam uns cachinhos! Inclusive, lá, naquela época, algumas faziam o tal do permanente, que era uma tentativa de encaracolar os fios! Só que queriam apenas os cachinhos, mas não o efeito "pra cima" dos crespos naturais! Ironia, né?
      Bjssssssssssssssssss, quérida!

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  6. Curiosidade iminente...ficou liso como vc queria?
    Bjo Quérida...

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    1. Oi, minha querida,
      mas não era eu que queria cabelos lisos: era a minha mãe que queria ter filhas com os cabelos lisinhos! rssssssssss
      E não, não ficou liso, só azul, como eu disse pra Renata! É que o henê é uma espécie de tratamento: somente após alguns meses de uso (acho que quinzenal, não tenho certeza) é que os resultados começam a aparecer! Não é como a escova progressiva que a mulherada já sai do salão com cabelo caindo nos óinhos! rsssssssss
      Bem, o fato é que cada um gosta de um jeito, né não?
      Bjssssssssssssss, quérida!

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  7. Oi Cléa!
    rsssss
    Só você mesma para fazer um texto desses. Também tenho o cabelo crespo e sofro com isso. Já alisei várias vezes e já me submeti ao jugo da progressiva, mas agora ando sofrendo com ele ao natural. O meu é muiiito fino, então já viu, está sempre procurando o céu.rss Mas que é incrível como as mocinhas estão parecidas com estes cabelos a la progressiva, isto está.
    Beijinhos!

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    1. Oi, Valéria querida!
      Sofra não! Reclamar dele por quê? Ah, sofre não, briga com o bichinho não!
      Se agora ele está ao natural, ótimo, garanto que vai ficar mais saudável e brilhoso. É só uma questão de ir descobrindo o shampoo e o creme que vão dar maciez e destaque e perfume aos seus cachinhos!
      E sinta a liberdade que começa quando nos libertamos de certas imposições sociais (ter cabelo liso para quem não tem, pelo menos pra mim, é imposição social, sim!).
      Ah, é o que penso, menina, desculpe-me se me empolguei!
      Bjssssssssssssss, quérida!

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  8. Sofri com eles crespos..colocava massagem de tudo que sabia!! Mas apesar de apreciar nos outros um belo cabelo crespos cuidados e saudáveis, gosto mais do meu liso e sem aquela rebeldia sem tamanho. O seu blog leva a reflexões..gostei dele e resolvir ficar. Bjs. Sandra

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    1. Oi, Sandra, bem vinda!
      Pois é, sofremos porque vivemos em uma sociedade que nos modela. E nem notamos!
      As modelos, nos comerciais, que têm cabelo crespo, exibem cachinhos que parecem ter saído daquele aparelhinho próprio para encaracolar os lisinhos, já reparou? Não são crespos naturais como o meu ou de outra cidadã comum. Ou estão na progressiva!
      As mulheres dos comerciais parecem gritar para nós, míseras mortais, que estamos horrorosas porque não somos magras, não vestimos aquelas roupas, não temos aquele carro, aquela casa e essas coisitas. Daí passamos a não gostar do nosso nariz, da nossa pele, das nossas gordurinhas, das nossas rugas, do nosso cabelo.
      Estou exgerando? Pode ser, mas tenho observado (e sou boa nisso) que a maioria das pessoas fazem ou escolhem coisas por imposição (imperceptível) dos meios de comunicação.
      Tb já aconteceu comigo e ainda acontece, vez por outra, mas fico atenta para sacar se é o meu gosto e vontade que estou realizando ou se estou "seguindo tendências"!
      Bjssssssssssss, quérida!

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  9. Menina, fiquei aflitíssima à medida que ia lendo sua história. Achei que seu cabelo tinha caído todo, que você tinha ficado careca...kkk foi um alívio saber que ele só ficou azul, muito azul....kkkkkk. Você conseguiu criar o maior "clima" de suspense....
    Bjocas azuis

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    1. Ah, querida Maristela, adoro ler os seus comentários!
      É, mas podia ter ficado careca mesmo! Com que competência meu pai se meteu a "fazer" henê? rsssssssssssss Coisa de maluco, né não?
      Na verdade, não sei quem era o mais doido, se ele ou se mamãe que incentivou e ainda escolheu a cobaia! rsssssssssssss
      Gostei das beijocas azuis!
      Bjsssssssssssssssss, quérida!

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  10. Oi Cléa, é a Vi, estava rindo...e me lembrando, eu tinha um cabelo ressecado, não era crespo, era ressecado, depois tive uma intoxicação alimentar e ele ficou oleoso mas nunca quis sair do armário, pois nem alisava, nem enrolava de vez.
    Hoje aprendi a manipular os cachinhos.
    Amei sua historia e as experiencias do seu pai.
    Beijos,Vi

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    1. Oi, Vi, querida!
      Essa informação pra mim é novíssima: nunca ouvi falar que um cabelo ressecado se transformasse em oleoso! rssssssssssss
      Mas cabelo que não alisa nem enrosca, já! É mais complicado de aprender a conviver, ainda bem que vc deu conta do recado!
      O meu pai, ah, tem é história, menina! rssssssssssssss
      Bjssssssssssssssssss, quérida!

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  11. Clea,
    ainda bem que era um rastro azul que vc deixava...da cor do céu.À medida que ia lendo fui antevendo a catástrofe que poderia ter acontecido. Dos males, o menor.
    Olha só, que a gente,quando menina, tem minhoca na cabeça.Eu implorava pra minha mãe fazer permanente no meu cabelo, porque achava-o ralo e sem graça.Uma vez ela cedeu.Foi um bafafá em casa,rsrsrsrs...coisas da meninice!
    Mas tô contigo nessa canseira de ver Barbies lisas e loiras pra todo lado. Parece que estamos dentro dum filme.
    Mil bjossss,
    Calu

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    1. Pois é, Calu,
      vc imagina que fui a um casamento há três anos atrás e, na igreja lotadérrima (enqto a noiva não chegava), comecei a observar as pessoas. Moral da história: de umas cento e cinqüenta pessoas, apenas eu e um rapazola tínhamos os cabelos crespos! Pode? Era uma prancharia só! Parecia que tinha chovido progressiva na igreja e só eu e o rapaz tínhamos ficado embaixo da marquise! rsssssssssss Isto há três anos atrás! Imagina agora!
      Meninas fazerem loucuras com os cabelos e o corpo, acho uma curtição, é pra fazer mesmo! Mas... depois de madurinhas as pessoas ainda terem dificuldade em aceitar seus corpos, casa dos seus espíritos, almas, essências, personalidades, seja o nome que derem, é muito assustador para mim.
      Bjsssssssssssssss, quérida!

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  12. Clea você é muito hilária, ri muito, mas muito mesmo.
    Se você pegar esse texto e fazer uma apresentação stand up, com toda a certeza será sucesso. Você é uma humorista profissional?
    Queria te conhecer pessoalmente, penso que seríamos muito boas amigas.

    Eu também não estava recebendo suas atualizações.
    Bjs

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  13. Oi, querida Lourdes, imagina!
    Sou humorista nada, que dirá profissional!rssssssssssssssss
    Esse meu jeito de fazer troça de certas questões é um caso antigo que foi se aprimorando com a idade!rssssssssssssssss
    Descobri que fica bem mais fácil digerir certas situações qdo rimos delas. Claro que tem umas que são um osso e ficam travadas na goela, mas faz parte. Como diz meu marido, a vida não é uma festa todo o tempo (eu gostaria que fosse, quer dizer, festa não, mas diversão sim)!
    Também queria lhe conhecer e a essas suas plantinhas que me encantam! Também penso que seríamos, ah, já somos, muito boas amigas, apesar da distância!
    Aliás, minha Geografia é péssima, e ainda não tinha ouvido falar no nome da sua cidade. Fica muito distante do centro de São Paulo? Tenho uma irmã que mora em Suzano.
    Bjssssssssssssssss, quérida!
    P.S.: Minha filha caçula adorou a sua idéia do stand up e quer porque quer me filmar contando meus causos e pôr no youtube, pode? rsssssssssssss

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  14. Cléa minha cidade fica 540 km de distância de SP. Como dizem por aqui - eu moro no interior do interior rsrs, se eu der um escorregão vou cair no Mato Grosso.

    Você sabe que não é uma má ideia de fazer o vídeo e colocar no youtube?
    Vai que vira um hit de internet com um milhão de acessos... eu vou ser uma que estarei lá clicando hehe.

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    1. Ôba, Lourdes, minha geografia tá melhorando! É sério, ela é uma porcaria! Se eu dependesse da pobre para chegar a algum lugar sem perguntas, tava lascada! rssssssssssssss
      Ah, quer dizer que gostou da idéia de me ver no youtube, né? rsssssssssssss Bem, pelo menos vou ter o seu clique! rssssssssssssss
      Bjsssssssssssssss, quérida!

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  15. Olá, boa noite Cléa!
    Passando pra desejar a você um noite de paz,
    e um ótimo amanhecer de domingo ...

    ( ... ) " Deus nos ama assim, porque consegue enxergar aquilo que a gente ainda não é, mas o que a gente ainda pode ser...”
    _ Pe Fábio de Melo:_

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    RioSul

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    1. Oi, Riosul, obrigada!
      Minha noite, possivelmente , foi bem melhor do que seria porque tinha este desejo de vcs aqui, me embalando!
      Recebam tb o meu afeto e o desejo de uma ótima semana!
      Bjssssssssssssss, quéridos!
      P.S.: Ainda acho referir a mais de uma pessoa, mas, enfim...

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  16. Minha querida,

    Gostei de sua visita e de seu comentário lá no Tudo a ver...e se você for ao Sonhos e Encantos,verá que também eu sofri a tortura de ter cachos em uma época do reinado absoluto dos lisos e esvoaçantes cabelos...e me submeti a todos os rituais para tentar modificar o que a natureza havia programado:touca,ferro elétrico,gesso e outras invenções da época...eram os anos 50 e ainda não havia henê em minha cidadezinha do interior de Minas.Depois com a era hippie,vitoriosamente,deixei meus cabelos a la Maria Bethânia e foi uma "glória".Durante muitos anos ostentei aquilo que era uma "ofensa"à tradicional família mineira:imensos e indomáveis cabelos ondulados,até que ,um dia,irritada com uma cunhada que implicava com eles e me fazia sair do sério,fui ao barbeiro de meus filhos e pedi a ele que passasse a máquina 1 naquela imensa cabeleira.E,até hoje(com algumas recaídas temporárias)uso meus cabelos curtinhos,mas os cachos,com os cabelos brancos,acabaram.

    Quase fiz uma postagem,né?Perdão pela "eloquência",rsrsrsrs.
    Bjsssssss,
    Leninha

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    1. Oi, querida Leninha,
      Não se preocupe pela eloqüência: eu adoro! Qdo postam comentários curtinhos, fico até meio frustrada, sabia? Gosto desse conversê, de dar e colher idéias e histórias. E, claro que vou vasculhar mais ainda suas coisinhas!
      Quem vê os seus cabelos sequer imagina que já foram belos cabelões encaracolados! rsssssssssss Mas que cunhada, hem? Tem gente que é espírito de porco mesmo: nos tira do prumo!
      Como estou grisalha, tenho observado essa diferença de textura dos fios: já não enroscam com os que estão escuros ainda! Curioso, né?
      Será que tem alguma explicação concreta para tal fato?
      Adorei recebê-la aqui, volte sempre!
      Bjsssssssssssssssss, quérida!

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  17. Eu ri, mas ri demais... seus causos fazem um bem danado, uma delícia de ler, rsrs

    Meu cabelo tem esse problema, cresce só para o alto e avante, rsrs, mas a Vi aprendeu a cuidar dos dela e dos meus ... que foi ? Eu exploro ela até nisso, rrsrs

    Bjus 1000 sua linda

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    1. Oi, querida Pepa!
      Menina, ainda bem que vc sabe do que falo! rsssssssssss
      É uma briga de foice, né não? Fica pra baixo, cabelinho, cai um pouquinho pra cá, vai um pouquinho pra lá, mas ele não obedece! Como escutei dizer por aí, é um cabelo bandido: ou tá preso ou tá armado! rsssssssssss
      Só que soltei meu bandido faz tempo! rsssssssss
      Mas vc é abusada, hem? Além de fazer a Vi de modela, ainda explora os talentos capilares da mana? rsssssssssssss Assim é que é bommmm!
      Bjsssssssssssssssss, quérida!

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Muito obrigada por participar do meu blog com o seu comentário.
Bjssssssssssssssssssssssss